Parece que faz
10 anos que nos vimos pela última vez. Os dias são longos e quando a noite
chega, eu, sozinho, no escuro do meu quarto, sinto que estou numa escuridão
maior ainda: escuridão imensa, inesgotável, quase infinita.
Aquela frase ainda reverbera em mim, fica
batendo em todas as crateras e cavidades do meu corpo, como se nunca se
aquietasse definitivamente e morresse.
Ela vive! Está em mim! E, às vezes,
morde um quezinho lá dentro, e mastiga leve, devagar; mas profundo. Eu li e
quase morri, li e senti como se fosse o maior dos absurdos, li e senti como se
fosse a maior das traições; mesmo sabendo terrivelmente que não era.
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