III

Esse hiato foi como cansaço, destruição ou reforma
do medo, parece algo que não, um decepar de dedos

mas, isso que, mais que um mergulho, um toque lá no fundo,
mostrou-me não ter havido grande erro

talvez excesso de zelo, mera falha de opinião ou deturpação de sentidos

e, assim, de algum modo, talvez tenha havido simples
gradação

logo, não foi como tirar lama dos sapatos, foi uma flama que finalmente vinga, compreensão de um fato

foi, na verdade, luz de um sol novo: nascido, concebido, desentranhado de pequenos estorvos, pequenos pontos escuros, pequenos muros que tiver que suportar

esse hiato foi
salto parto jato!

2 comentários:

  1. Ufa ... pensei que esse hiato não ia terminar nunca!! E depois de compreender o fato e ver que não há grande erro (e não há mesmo) ... só falta você partir pro salto, de cabeça kkkk!! Não vai dar chance pra outro hiato irrecuperável na sua trajetória!
    PS: Comentei de acordo com minha interpretação do poema kkkk ... que aliás gostei muito!! Abração!!

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  2. quando o hiato deixa ser um vazio para mostrar pleno e nascente. Daí ele existe como "salto, parto, jato".

    Muito bom, Jonathan!

    Um abraço.

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